segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Série DESAFIOS 2014, a Subida do Santo Anjo em Massaranduba, 561 metros de sofrimento.

Como a idéia é em 2014 enfrentar alguns desafios pessoais e as subidas ainda são um problema para mim, o domingo(02/02) serviu para me colocar a prova. Sai de casa antes de amanhecer, pegando a estrada para Luis Alves.


Alguns quilômetros pedalados e o dia amanhecia coberto por uma névoa sinistra que serviu como cola para poeira na bike e no corpo deste pobre ciclista. A idéia era entrar pelo caminho de Segundo Braço do Norte, ao lado da Igreja da foto, seguir por alguns kms e pegar outra estrada a direita para sair no Primeiro Braço do Norte.


Mas o caminho estava tão bom de girar que não vi a estradinha que tinha de entrar e acabei fazendo o caminho do Segundo Braço inteiro, o que me custou alguns kms a mais no projeto, mas me brindou com um amanhecer belíssimo sobre os Alpes Massarandubenses, estradas essas repletas de pequenas capelas e casas antigas.








As subidas monótonas são compensadas pelas belas paisagens. Seguindo esse caminho, cheguei na localidade do Guarani, na baixada em Massaranduba, próximo a Mirage, conhecido no passado como Aluisio, um dos locais onde este que vos fala já fez muita festa nos anos 90. Histórias a parte, esse erro de percurso me sacaneou, pois acabei numa altitude de 40 metros, sendo que teria de fazer o Primeiro Baço do Norte subindo, para chegar no acesso do Morro do Santo Anjo, acesso que fica a 190 metros de altitude. No caminho uma parada para um reabastecimento e uma foto do do morrinho que me aguardava e me desafiava alguns kms a frente.



Mais alguns kms de poeira e na Igreja de São Paulinho, começa um trecho de asfalto, muito bom por sinal que vai vários quilometros a frente e leva ao acesso do morro que me aguardava.



Comecei a subida ainda no meio da lúgubre névoa, olhando para o relógio vi que me sobrava pouco tempo, visto que meio-dia teria um compromisso de família inadiável. Comecei a surrada subida, olhando para o relógio, pensando no tempo que eu não tinha, nas subidas que odeio, algumas centenas de metros a frente, cheguei mesmo a virar a bicicleta para voltar e ir para casa com empo de sobra, mas a vista e o gosto amargo da derrota, não me permitiram retroceder. Segui em frente, com o suor jorrando em bicas.




De metro em metro, fui me desafiando, olhando a frente, vendo o topo do morro tomando forma cada vez mais. Brindado por algo que até hoje só encontrei no Morro do Cachorro, a sensação de que o morro tem um microclima, com a temperatura em determinada trecho cair em torno de 4°C, para algumas centenas de metros a frente voltar com tudo e subir. Uns 500 metros antes do topo encontrei uma pessoa descendo de carro, perguntei para o risonho mortal quanto faltava ao topo, ele respondeu que apenas uns 500 metros, mas que dali em diante seria apenas subida, olhei para ele e apenas perguntei, Sim, mas o que foi isso até agora??Descida???

Mas bem que o homem tinha razão, certo trecho próximo ao topo o gps registra a sinistra inclinação de 46%, óbvio que arreguei e empurrei, mas mesmo para empurrar é um desafio árduo, evitei até mesmo cuspir, porque me preocupava o fato de que o cuspe podia cair na testa....






Chegando ao topo, fui brindado por uma vista totalmente limpa em todas as direções, sendo até mesmo possível avistar o mar na região de Barra Velha e todos os arredores , com Massaranduba, São João do Itaperíu, Luis Alves e os morros do norte de Blumenau.

No topo do morro mostra-se o quanto ainda é forte a religiosidade no povo da pacata Massaranduba, com uma capelinha e uma pequena área para a realização de missas, onde inclusive anualmente se realiza uma festa paroquial.











Fotos batidas para registrar o memorável momento, era 10 horas quando mandei um sms para minha esposa para preparar os meninos a partir das 11 horas, pois eu estava saindo e iria detonar geral no caminho para conseguir cumprir os compromissos assumidos.

Desci o morro cuidadosamente, mas quando entrei no asfalto, soquei a bota, conseguindo chegar em casa antes das 11:30, sendo que o caminho tem várias subidas, muita poeira e muito areião, o que se vê do estado da pobre bicicleta, mas novamente a bike se mostrou perfeita.




Missão cumprida, foi cair no chuveiro para atender as demandas familiares.

Como resumo e dica para quem quiser conhecer a subida lazarenta, e optar por sair via Vila Itoupava, fica a dica de seguir o caminho do Segundo Braço do Norte, dando por esse caminho em torno de 26kms saindo do centro da Vila, ou seguir até Massaranduba e subir por lá, mas recomendo a ida saindo da Vila, fazendo o percurso que fiz na volta, pois as paisagens compensam, de qualquer forma, seguem abaixo as coordenadas em versão Wikiloc e Strava, faço votos de que sofram bastante na subida, mas serão recompensados no topo.
Agradecimentos a equipe da Happy Bike, ao Silvio da Cúpula Criativa, ao Adilson e Silvano da Furbo Camisas Esportivas e ao Elton da Academia Impacto Fitness,  e claro a minha família que me apoia e entende as minhas horas de ausência.
Aproveitem a leitura, comentem e compartilhem e até a próxima.




7 comentários:

Jéssica Wisdaleck disse...

Poxaaaa que bacana a vista do topo! Aquelas subidas todas fazem valer a pena! Que bom que chegasse a tempo! Show!

Crazy Biker disse...

Valeu Jéssica, precisamos marcar um pedal juntos.

Unknown disse...

Show o relato e que lugar lindo esse. Agora preciso ir la tbm, pra conhecer pessoalmente.

Crazy Biker disse...

Não vais te arrepender André.

Anônimo disse...

fico feliz em saber que vc atingiu seu objetivo neste pedal.... nunca desista.... estaremos sempre com vc....

Neiva Maria

Manéca disse...

Caro Crazy Biker, um lugar perdido no tempo com vista maravilhosa, compensa qualquer sofrimento para pedalar até lá! Obrigado por compartilhar conosco essas belas fotos e as dicas, pois pretendo aproveita-las e também chegar lá um dia, bem como o morro dos Cachorros.
"DESISTIR NUNCA, RENDER-SE JAMAIS!"
Abraço. Manéca.

Crazy Biker disse...

Pode deixar Maneca, faço questão de ser o guia de vocês quando quiserem vir. Ambos os morros são fantásticos.